Brasão
A intenção de trazer sempre bons momentos e memórias felizes está expressa também no brasão do clube, cujo lema, estampado em uma faixa de ouro, traz as palavras “Malum non Admitte”, que significam “Não se admite o mal”.
O Brasão do Clube Curitibano é descrito como um Escudo moderno de gules, esquartelado em cruz, sendo o primeiro e o quarto com pinheiro de prata e o segundo e terceiro com cruz de ouro cantonada de quatro flores-de-lis. O timbre é composto por um elmo de sable com coroa mural de ouro e colar de prata. O lambrequim é de ouro e gules.
Veja o significado de cada elemento do brasão:
Escudo Moderno
Peça de defesa dos cavaleiros medievais, o escudo era usado pelos heraldistas espanhóis modernos desde o século XVIII. Possui forma quadrilonga com ângulos inferiores curvados e a ponta no meio da base.
Gules
Das virtudes, representa a caridade. Das qualidades, a valentia, a nobreza, o valor, a alegria. Acredita-se que seu nome vem do francês gueule, que significa goela ou garganta, por sua semelhança com o vermelho do interior da boca dos animais.
Sable
Em heráldica, significa o esmalte de cor preta. Em gravuras, é representado por linhas verticais e horizontais cruzadas. O nome deriva do pelo negro da Zibelina, um felino da Europa.
Esquartelado em Cruz
Indica dividido em quatro partes, na combinação de partido e cortado. O primeiro e o quarto quartel, isto é, o pinheiro de prata, são a representação do Brasão oficial de Curitiba, de acordo com a Lei Municipal n.º 2993, de 11/05/1967. O segundo e o quarto, isto é, a cruz de ouro cantonada de quatro flores-de-lis de ouro, representam o Brasão da família Correia, senhores de Belas, e presume-se poderia constar no Brasão do Barão do Serro Azul (Ildefonso Pereira Correia), caso tivesse este tido tempo para registrá-lo junto ao Rei de Armas, eis que fora concedido em 8 de agosto de 1888, nas vésperas da proclamação da República e a consequente eliminação dos títulos nobiliárquicos do Império.
Ouro ou Amarelo
Representa-se em armaria preenchendo-se o espaço com pontos. Significa das virtudes, a justiça, a clemência, a benignidade, das qualidades mundanas, a riqueza, a generosidade, o esplendor, a alegria e a prosperidade.
Timbre
É o ornamento exterior do escudo. O elmo de sable (preto) com coroa mural de ouro, indicativa de cidade de Estado (capital) e adornado com colar de prata tendo pendente o monogramo “CC” do mesmo metal. O timbre é a peça das armas de um brasão que fica colocada sobre o virol do elmo. Na sua origem, o timbre era mais um elemento que servia para distinguir um cavaleiro no meio de muitos outros. Serve para marcar graus de nobreza. Em termos heráldicos, o timbre pode assumir várias figuras, como uma flor, um animal, uma cruz ou outro qualquer objeto.
Lambrequim ou Paquife
Ornamento também externo, constituído de folhas de ouro e gules, que pendem formando voltas e giros de ambos os lados do escudo. As cores do lambrequim correspondem obrigatoriamente às cores principais do Brasão. O lambrequim é uma representação de um manto, uma capa, folhagens ou plumagens, desenhadas acima e ao redor do elmo de um brasão. Cada um dos ramos do lambrequim heráldico é chamado paquife.
Os lambrequins heráldicos pretendem representar os mantos de linho, que eram usados para proteger o elmo dos cavaleiros, do calor, do frio e dos golpes de espada. Com o tempo, depois de serem várias vezes atingidos por golpes de espada, os mantos ficavam recortados, com pedaços de tecido pendentes, semelhantes a folhagens.
Lema ou Divisa
O lema adorna o escudo, com características históricas ou de incentivo. É formado por uma faixa curva de ouro com os dizeres “Malum non Admitte” em sable (preto), que significam “Não se admite o mal”.